quarta-feira, 10 de outubro de 2012

E o prêmio de mais importante vai para ...

Há vários tipos de felicidades incomparáveis: Tomar banho quente no inverno, fazer xixi quando tá muito apertado, dormir até tarde quando está morto, ficar sabendo que a prova foi adiada... Mas não existe nada, nada que se compare ao amor. E não é só amor que Vinicius de Moraes disse que se fosse fantasia ele estava em pleno carnaval, ou o que embala as canções de Chico Buarque. É o amor que faz a gente se emocionar lendo “A última crônica” do Fernando Sabino ... O amor que faz os amigos irem pra casa de alguém da galera que está triste. O amor que faz um homem quase ser morto por tentar defender um morador de rua da agressão de bandidos ... O amor que faz um pai mudar a constituição para poder ver a filha, passar a semana organizando a festa de um filho. O amor que faz alguém sorrir para outra pessoa na rua, por pura gentileza. O amor que faz alguém se emocionar com o sorriso de uma criança. Amor que faz você se sentir bem porque levantou do banco do ônibus para uma grávida sentar... São milhares de ações que faz a gente praticar o amor sem perceber. Se viver é uma soma de verbos de ação no presente: cantar, pular, brincar, gargalhar... amar é com certeza o mais importante.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

#prontofalei

A igualdade social é realmente algo utópico. E não é papo de quem está desacreditado da vida não. Imagina se todos nós, seremos humanos, ganhássemos o mesmo valor mensal. Uns iam gastar tudo, outros iam investir, outros iam administrar melhor, outros pior... o dinheiro nunca ia ser igual para todos. Ok, a ficha já caiu. Mas pera lá, a desigualdade não precisa ser tão discrepante assim. Enquanto tem gente que acha que o Rio de Janeiro está virando a sétima maravilha do mundo, tem gente que mesmo não parecendo, mas que mora nessa mesma cidade, que começa com Rio e acaba com Janeiro, não tem saneamento básico. Não é metrô a jato não, é saneamento básico. É não ficar exposto esgoto, a doença. É não viver no século 19. Não é ter ipad no ônibus não, é só não ter que ir e voltar do trabalho que nem uma sardinha enlatada. O Rio de Janeiro não é a Zona Sul e o BRT não é solução. É ter um pingo de dignidade, sem precisar que isso dependa do seu cep.

terça-feira, 1 de maio de 2012

KIT SOBREVIVÊNCIA

Há várias formas de se comemorar um aniversário. Para os reles mortais da sociedade ocidental, faz-se uma comemoração de um dia, com amigos, festa, bolo, parabéns.

Muito bom, mas é pouco para  AS GOSTOSAS.

Não é um grupo de panicats, nem uma facção criminosa, nem nenhum grupo religioso.
É quase tudo isso junto. Um aglomerado de meninas/garotas/mulheres que vivem, ou tentam viver o maior parte do tempo, o lado gostoso da vida: por isso gostosas.



Aniversário de uma das gostosas há de se iniciar um período de comemorações.

 Com pé direito, uma viagem, em um lugar à altura de nos receber: Trindade RJ, uma vila de Paraty.
Praias, cachoeiras, trilha, um lugar no mínimo paradisíaco. Planos, muita discussão, passagens, malas e um kit sobrevivência. Tudo pronto e partiu. Podemos dizer que a comemoração não começou na viagem de ida, porque apesar de sermos gostosas, somos de carne e osso e naquele momento ... de sono, puro sono. A viagem foi curta e a nossa soneca muito longa.

 Chegando lá começou a busca por um lugar ideal para receber o sono das providas de gostosura. Alguns atritos saudáveis, e a escolha do lugar: Camping Menina flor.

Almoço, mais soneca, risadas e mais risadas, tá bom, às vezes a gente gargalhava, outras vezes morríamos de rir. Com direito a rock das aranhas no banheiro, partiu a tal da night trindadense, que na verdade estava mais pra paulistana. Fomos apresentadas à gostosa engarrafada, a tal da Jurupinga, as gostosas tiveram até platéia única, de uma bebê linda. Deixamos o povo local embasbacados com o nosso humor, ou talvez com a nossa loucura, ou então por causa do nosso extinto Leila Diniz (tá bom, forcei).

A noite estava mais para "pô meu" do que para "Rio 40º". Fomos dormir. O céu estava estrelado e os planos de praia, trilhas e roupinha de verão estavam mais certos do que a rouquidão da Martinália em "chega".



A Martinália não ficou rouca e às 4h da manhã todas nós estávamos no banheiro molhadas por causa do toró que inundou a barraca das oito delícias de mulher.



Malas feitas, barracas devidamente embrulhadas e tudo certo, vamos embora. O jardineiro da menina flor não queria nos devolver o "faz me rir" da segunda diária que dormiríamos em nossos lares. infelizmente né, melhor seria se dormíssemos no lar de terceiros, de preferência másculos, bronzeados e gatos.  Não devolver? Ah, vai devolver sim.  Dalhe barraco, o que fez atrasar a nossa despedida em algumas horas, e que nos salvou de um barranco.

O motorista das 7h perdeu o controle, e graças à Deus, nenhum ferido. Mas não sabíamos disso. Num piscar de olhos os sorrisos viraram lágrimas e deixamos o dinheiro pra lá.

Não fomos nós, mas o coração das gostosas não queria que a mãe de ninguém sofresse, mesmo não sendo as nossas.

Tudo certo, todos bem, e a odisséia de volta para a casa continuou.

Conseguimos uma Van exclusiva para as gostosas, e no meio do caminho fomos acariciadas com uma SMS: Era o dono do camping dizendo que seríamos ressarcidas.

Não é difícil prever que a felicidade reinou e que ficamos amigas do motorista.

Sã e salvas na rodoviária de Paraty, passagens compradas para o Rio.

Quando o termômetro de aventura já estava na casa dos 50 graus, o pneu do ônibus furou.

Um sustinho, todo mundo ficou bem, e ficamos esperando o outro ônibus. Nada mais nos surpreenderia.

E entre fotos de despedida, beijos e mini- nostalgias da nossa viagem curta, as gostosas foram se dispersando.



Ganhamos uns quilos, e entendemos que kit sobrevivência nenhum nos livra dos imprevistos da vida.

Aprendemos que Kit sobrevivência mesmo, somos nós... umas das outras.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Trocas

Algumas da vida:

Troquei a integralidade da minha liberdade pelo desassossego de uma paixão.

A minha vontade de ser olhada por pares de olhos de todas as cores foi trocada pelo desejo de um só, da cor do mar, que não sei porque faz sentir-me única.

Troquei a cantoria solo de "Solteiro no Rio de Janeiro" para fazer dupla com o sucesso de Caetano Veloso "Samba de Verão".

Troquei o status "livre" para "livre com ele".

Troquei as centenas de gargalhadas com as meninas.
Pelo dobro.
As minhas com elas, mais as com ele.

Troquei o interesse exclusivo por vitrines femininas para incluir as masculinas. Sempre tem alguma coisa que fica linda nele, afinal, ele também faz parte do meu look.

Troquei encontros fortuitos com caras "x" por encontros constantes com o cara "y": ele.

Troquei Pierrots e Alerquins do carnaval para ser a colombina dele pelos 365 dias do ano.

Trocas da vida.
Todas reversíveis.
Infelizmente.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Alô gerações Y, Z

Antes que seus olhos lêem as letras e forme as sílabas e você leia as palavras, este, mesmo parecendo, não é um texto prepotente.

São apenas algumas dentre várias observações que inclusive desconheço sobre coisas que nós jovens (super me incluo, nasci em 1992),desconhecemos, não valorizamos, por milhares de causas, ou por uma exclusiva: a nossa,

vai saber ...


- O “Contribuinte” que ouvimos falando no jornal é ninguém mais, ninguém menos que NÓS, eu, você, todo mundo que consome qualquer coisa.

- O “Estado do Pará” é aqui no Brasil.

- Mérito seja dado a Tomas Jobs, mas o pai da comunicação no Brasil foi Assis Chateubriand.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Assis_Chateaubriand
É uma história incrível. Um nordestino analfabeto até adolescência (se a memória não me trai) aprendeu a ler com 16 anos.

Conhece?

- Nosso sistema político se chama Democracia Presidencialista.

- É comum uma mulher grávida usar biquíni? Alguém foi chamada de p*%& por isso. Nome: Leila Diniz.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Leila_Diniz

- Não gosta de bandas como Restart? No Brasil, acreditemos, já houve passeata contra guitarra elétrica: saudosismo só serve para depois olhar pra trás e pensar: “mas que palhaçada”.

- Ditadura militar na Líbia? Ah, do outro lado do mundo. Nosso país viveu 21 anos (1964-1985) assim. Vinte-e-um. Muita gente morreu para levarmos essa vidinha de dizer o que quer e bem entende.

- Facebook, Orkut, Google. Ótimo, não vivemos sem. Mas neste país X% da população vive abaixo da linha de pobreza e Y% são analfabetos. Muita gente não sabe o que é rede social.

- Quase todo mundo gente boa mesmo fuma maconha. Os maiores gênios da arte, pessoas de caráter, pessoas de bem. Mas essas pessoas financiam o tráfico SIM. Quem compra maconha encomenda seu assalto SIM.

É preciso apenas um peteleco em um dos dominós para que a fileira toda seja derrubada.

- DVD na Uruguaiana é maior adianto, concordo plenamente. Mas comprá-los é falta de Ética.

Igualzinha a dos personagens dos escândalos políticos. Aquele engravatado que rouba o meu, o seu, o nosso suado dinheirinho. Falta de Ética é tudo igual, só muda a proporção, de acordo com o lugar até onde a mão de cada um alcança.

- Quem joga lixo no chão, da janela do ônibus e é de alguma dessas gerações do título é no mínimo mentecapto ou acéfalo.




Quem vos escreve não é cool, não sabe falar inglês, não leu a “República de Platão”, estudou em colégio público, não entende nada de economia.

Apenas acredita que o mundo tem jeito, e que diferente do que nos treinam a pensar, tudo que é imposto é revertível.

Acredita e quer que todos entendam que um mundo melhor no futuro depende majoritariamente de nós.