terça-feira, 1 de maio de 2012

KIT SOBREVIVÊNCIA

Há várias formas de se comemorar um aniversário. Para os reles mortais da sociedade ocidental, faz-se uma comemoração de um dia, com amigos, festa, bolo, parabéns.

Muito bom, mas é pouco para  AS GOSTOSAS.

Não é um grupo de panicats, nem uma facção criminosa, nem nenhum grupo religioso.
É quase tudo isso junto. Um aglomerado de meninas/garotas/mulheres que vivem, ou tentam viver o maior parte do tempo, o lado gostoso da vida: por isso gostosas.



Aniversário de uma das gostosas há de se iniciar um período de comemorações.

 Com pé direito, uma viagem, em um lugar à altura de nos receber: Trindade RJ, uma vila de Paraty.
Praias, cachoeiras, trilha, um lugar no mínimo paradisíaco. Planos, muita discussão, passagens, malas e um kit sobrevivência. Tudo pronto e partiu. Podemos dizer que a comemoração não começou na viagem de ida, porque apesar de sermos gostosas, somos de carne e osso e naquele momento ... de sono, puro sono. A viagem foi curta e a nossa soneca muito longa.

 Chegando lá começou a busca por um lugar ideal para receber o sono das providas de gostosura. Alguns atritos saudáveis, e a escolha do lugar: Camping Menina flor.

Almoço, mais soneca, risadas e mais risadas, tá bom, às vezes a gente gargalhava, outras vezes morríamos de rir. Com direito a rock das aranhas no banheiro, partiu a tal da night trindadense, que na verdade estava mais pra paulistana. Fomos apresentadas à gostosa engarrafada, a tal da Jurupinga, as gostosas tiveram até platéia única, de uma bebê linda. Deixamos o povo local embasbacados com o nosso humor, ou talvez com a nossa loucura, ou então por causa do nosso extinto Leila Diniz (tá bom, forcei).

A noite estava mais para "pô meu" do que para "Rio 40º". Fomos dormir. O céu estava estrelado e os planos de praia, trilhas e roupinha de verão estavam mais certos do que a rouquidão da Martinália em "chega".



A Martinália não ficou rouca e às 4h da manhã todas nós estávamos no banheiro molhadas por causa do toró que inundou a barraca das oito delícias de mulher.



Malas feitas, barracas devidamente embrulhadas e tudo certo, vamos embora. O jardineiro da menina flor não queria nos devolver o "faz me rir" da segunda diária que dormiríamos em nossos lares. infelizmente né, melhor seria se dormíssemos no lar de terceiros, de preferência másculos, bronzeados e gatos.  Não devolver? Ah, vai devolver sim.  Dalhe barraco, o que fez atrasar a nossa despedida em algumas horas, e que nos salvou de um barranco.

O motorista das 7h perdeu o controle, e graças à Deus, nenhum ferido. Mas não sabíamos disso. Num piscar de olhos os sorrisos viraram lágrimas e deixamos o dinheiro pra lá.

Não fomos nós, mas o coração das gostosas não queria que a mãe de ninguém sofresse, mesmo não sendo as nossas.

Tudo certo, todos bem, e a odisséia de volta para a casa continuou.

Conseguimos uma Van exclusiva para as gostosas, e no meio do caminho fomos acariciadas com uma SMS: Era o dono do camping dizendo que seríamos ressarcidas.

Não é difícil prever que a felicidade reinou e que ficamos amigas do motorista.

Sã e salvas na rodoviária de Paraty, passagens compradas para o Rio.

Quando o termômetro de aventura já estava na casa dos 50 graus, o pneu do ônibus furou.

Um sustinho, todo mundo ficou bem, e ficamos esperando o outro ônibus. Nada mais nos surpreenderia.

E entre fotos de despedida, beijos e mini- nostalgias da nossa viagem curta, as gostosas foram se dispersando.



Ganhamos uns quilos, e entendemos que kit sobrevivência nenhum nos livra dos imprevistos da vida.

Aprendemos que Kit sobrevivência mesmo, somos nós... umas das outras.