O estagiário da academia toda vez que te cumprimenta, te
alisa de forma constrangedora.
Em nome do bom convívio social, você o cumprimenta mais o rápido
possível e sai de perto.
Ao invés de dizer: “meu filho, não precisa encostar para dar
oi, e muito menos alisar, que nojo”, e tirar com a sua, a mão inconveniente.
Uma integrante do seu meio social, na casa dos 30, insiste
em dizer, não importa o assunto, pode ser sobre a queda da muralha da china, ou
de celulite, que você é muito novinha.
Em nome do bom convívio social, você afirma com um “é...”, dá
um sorriso amarelo e desconversa.
Ao invés de dizer: “Me deixa em paz, e daí que eu sou
novinha? Você já foi da minha idade e um dia eu vou ser da sua, deixa de ser
chata sua recalcada.”
Uma amiga sua, uma das mais próximas, pega um kit seu para o
carnaval, sua barraca de camping, dentre outras coisas.
Depois de um tempo, você encontra seu lenço na casa de uma
amiga em comum, ela diz que perdeu sua pulseira FAVORITA, e não entrega a sua
barraca. Você só se dá conta que ainda está com ela, quando sua própria mãe a
procura a uma da manhã para viajar no dia seguinte.
Em nome do bom convívio social, você diz: “tudo bem amiga,
mas pelo menos vê se procura a minha pulseira, porque é a minha predileta, foi
difícil achar, e ela é muito minha”.
Ao invés de dizer: “Não te empresto mais nada, você é uma
folgada, devolve minha barraca AGORA. E pode dando um jeito para me devolver a
minha pulseira.”
Eu sei que a paz mundial depende do bom relacionamento micro
social, mas qual é o limite para a gente ficar engolindo esses tipos de sapos?