domingo, 5 de maio de 2013

Não dá pra entender


No século XIX, a galera só podia namorar sob os olhares atentos da família, sem qualquer direito à privacidade.

Depois da Segunda Guerra, a coisa parece ter melhorado, já se podia namorar no portão em um horário pré-determinado pelos pais, sem cogitar qualquer tipo de smack, no máximo um toquezinho de leve nas mãos.

Nos anos 50, os namorados podiam ficar em casa, sentados no sofá com o olho da vela de plantão em cima, que podia ser o avô, a avó, ou o irmão mais novo, que fazia tão parte do casal quanto os próprios.
Graças ao Festival de Woodstock, nos anos 60, já se podia quase tudo. Com o surgimento da pílula anticoncepcional, ficou institucionalizado que a única coisa proibida era proibir.

Desde então, essa evolução chegou até o ponto que estamos hoje, que é a famosa ficada. Um simples teste drive.  Você não pode namorar uma pessoa antes de ficar com ela um tempo, pra saber se as coisas combinam, como o beijo, a personalidade, o tipo de música. Teoricamente, você vai ficando com as pessoas, até conhecer alguém que combine com você.

Comparado ao século retrasado, somos privilegiados, temos liberdade para fazer o que quisermos, podemos ficar. Podemos testar pra saber se queremos assumir um relacionamento mais sério, o que implica no namoro. Relacionamento esse que consiste em ficar exclusivamente com uma pessoa só, mas se você não quiser ficar só com essa pessoa, você diz que não quer ter um relacionamento sério, e mantém todos os benefícios, de um relacionamento monogâmico, ficando. Ponto para a honestidade.

Agora dá pra entender porque as pessoas ainda se traem? 

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