No século XIX, a galera só podia namorar sob os olhares atentos da família, sem qualquer direito à
privacidade.
Depois da
Segunda Guerra, a coisa parece ter melhorado, já se podia namorar no portão em
um horário pré-determinado pelos pais, sem cogitar qualquer tipo de smack, no
máximo um toquezinho de leve nas mãos.
Nos anos 50,
os namorados podiam ficar em casa, sentados no sofá com o olho da vela de
plantão em cima, que podia ser o avô, a avó, ou o irmão mais novo, que fazia
tão parte do casal quanto os próprios.
Graças ao Festival de Woodstock, nos anos 60,
já se podia quase tudo. Com o surgimento da pílula anticoncepcional, ficou
institucionalizado que a única coisa proibida era proibir.
Desde então, essa evolução chegou até o ponto que estamos
hoje, que é a famosa ficada. Um simples teste drive. Você não pode namorar uma pessoa antes de
ficar com ela um tempo, pra saber se as coisas combinam, como o beijo, a
personalidade, o tipo de música. Teoricamente, você vai ficando com as pessoas,
até conhecer alguém que combine com você.
Comparado ao século retrasado, somos privilegiados, temos
liberdade para fazer o que quisermos, podemos ficar. Podemos testar pra saber
se queremos assumir um relacionamento mais sério, o que implica no namoro. Relacionamento
esse que consiste em ficar exclusivamente com uma pessoa só, mas se você não
quiser ficar só com essa pessoa, você diz que não quer ter um relacionamento
sério, e mantém todos os benefícios, de um relacionamento monogâmico, ficando.
Ponto para a honestidade.
Agora dá pra entender porque as pessoas ainda se traem?
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