Corra atrás dos seus sonhos.
A nossa programação pra ser feliz ou não, parte dessa frase.
Mas o que fazer quando não temos mais nenhum sonho, ou não conseguimos ver que temos?
O que fazer quando já escalamos o muro do sonho, chegamos lá
no alto, observamos pendurados, e descobrimos que o nosso sonho não era o nosso
sonho de verdade.
Não pulamos para o lado dos “sonhos realizados”.
Voltamos.
Voltamos.
A volta não é fácil.
Escalar é muito mais fácil, porque dói, a gente quase cai, mas estamos transbordando de disposição porque temos um objetivo, estamos correndo atrás dos nossos sonhos.
O objetivo de alcançar nossos sonhos anestesia todas as durezas da escalada.
Mas voltar não é assim.
Estamos voltando só porque nosso sonho não é tão nosso sonho
assim, não temos um objetivo, estamos voltando só por voltar, e com peso.
Um peso que não tínhamos na subida, um peso chamado decepção.
Um peso que não tínhamos na subida, um peso chamado decepção.
Chegamos de volta à última terra plana antes do muro que
separava a gente do nosso sonho.
Agora sem sonho.
Precisamos achar outro para colocar no lugar, porque senão
não podemos ser felizes.
Agora com mais cautela, pra não ter que subir outro muro à
toa, chegar lá, ver que aquele não era o nosso sonho, e voltar com o peso
pesado da decepção.
Enquanto não encontramos ou não vem ao nosso encontro um
novo objetivo, vamos tocando o barco, felizes, mas sem sonho.
Cansados de muros, vamos nos perder em alto mar, quem sabe
nosso sonho não está em alguma praia deserta, sem muros para escalar?
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